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Conduzindo rituais nas cerimônias do SCRUM

6 de dezembro de 2021 Por NINNA Hub

De cara, já quero alertar que não irei ensinar quais são os mínimos detalhes do SCRUM – para isso, indico a leitura do Guia do Scrum. Aqui, falaremos sobre as práticas que enxergo como necessárias para um bom funcionamento dos rituais nas cerimônias do Scrum, além de conceitos genéricos desse framework para entendimento e contextualização do tema que irei abordar, os rituais.
O Scrum, um framework que foca nas pessoas, segue um ciclo bem parecido com o PDCA, que consiste num método de gestão de processos. Em resumo, o Scrum funciona com um ciclo de planejamento, execução, validação e revisão. Por ser um framework, é muito adaptável, não existindo uma receita de bolo pronta, mas sim uma base que pode servir de inspiração conforme sua necessidade.
A esse ciclo, chamamos de Sprint. Como forma de tornar mais assertivo o desejo do cliente, a metodologia ágil busca sempre validar se aquele produto ou serviço ainda está conforme o escopo planejado. As Sprints são ciclos curtos, no NINNA HUB nosso time-box é de duas semanas, mas fica a critério da equipe definir seu time-box podendo variar de duas a quatro semanas. Por ser curto, as validações acontecem de forma mais rápida, logo a descoberta de inconsistências e/ou mudanças necessárias no projeto acontecem também de forma mais rápida, existindo tempo hábil para trazer as correções exigidas.
A Sprint começa com o planejamento, ou Sprint Planning. No NINNA HUB, esta fase de planejar o que será executado até a próxima Sprint tem duração de 2h, para uma sprint de duas semanas,
então fazemos o planejamento pensando no que conseguimos fazer durante esse período. Essa é uma das etapas mais importantes de toda a Sprint, pois nos trará o direcionamento para os projetos, bem como trará alinhamento com toda a equipe.
Por se tratar de uma reunião longa é bem importante que a Planning seja descontraída para não se tornar algo cansativo, mas que tenha seriedade e comprometimento entre todos. Uma sugestão para gerir as atividades dentro da sprint é utilizar da metodologia Kanban, uma proposta de ferramenta dessa metodologia seria o Trello, em que temos algumas colunas (normalmente backlog, to do, doing, done) com cartões que podem ser movidos à medida que a tarefa é adicionada, está em execução ou finalizada, uma vez que traz uma gestão visual muito boa para toda a equipe. No caso do Scrum, esses buckets podem ser mudados para: Product Backlog, Sprint Backlog, Doing e Done.

Quanto aos próximos dias, é interessante que haja um acompanhamento das atividades de modo que toda a equipe mantenha a constância e a motivação para executar o que foi planejado. Após a Planning, os próximos dias serão seguidos com as Dailys. As Dailys são reuniões diárias, exceto nos dias de planning, review e restrospective. São rápidas e podem variar de 15 a 30 minutos, tendo como principal objetivo disseminar o conhecimento sobre as ações e atividades a serem realizadas pelo time de desenvolvimento, identificar impedimentos e priorizar o trabalho a ser realizado no dia que se inicia, assim como também identificar se o time vai alcançar a meta da sprint. Aqui no NINNA HUB, nossas Dailys acontecem pelas manhãs e duram 30 minutos, e temos o hábito de começar os primeiros 15 minutos com música, uma conversa leve e descontração, nos 15 minutos restantes, cada membro da equipe fala o que vem fazendo, guiados pelas seguintes perguntas balizadoras:
– O que fiz ontem?
– O que pretendo fazer hoje?
– Quais obstáculos existem?
É interessante entender que as Dailys não são microgerenciamentos, mas sim um alinhamento entre a equipe para saber onde pode haver conexões entre as atividades do time, bem como entender se há necessidade de adaptação do backlog.
Ao fim das duas semanas, acontece a Sprint Review e a Sprint Retrospective, que trata das entregas daquela Sprint, bem como as melhores práticas e pontos de melhoria das últimas semanas. Como são dois momentos, essa reunião é mais longa, e, assim como a Planning, levamos em média 2h30min no NINNA HUB, principalmente por conta do nossa Sprint de duas semanas.
A Sprint Review, portanto, trata de apresentar os resultados daquela Sprint, ou seja, os resultados obtidos naquelas duas semanas, a partir disto validamos as entregas e realinhamos o que precisará ser feito na próxima sprint. Neste momento, é muito importante a presença dos stakeholders, seja o cliente ou o board, já que é neste momento em que é apresentado o progresso em direção ao produto ou a meta definida.
A Sprint Retrospective, por outro lado, é um momento de reflexão sobre as práticas daquelas semanas, julgando-as como boas ou ruins, no intuito de reproduzi-las ou não nas Sprints que virão, ajudando a aumentar a qualidade e a eficácia. No NINNA HUB, utilizamos a plataforma do Miro para este momento, pois todos conseguem dizer os pontos bons e ruins, e de lá conseguimos extrair planos de ações.

No Scrum, cada pessoa tem um papel: Scrum Master, Product Owner, Devolopment. Mas agora, pode ficar um questionamento, quem coordena todos esses rituais? Quem é responsável pelo
quê? Continua nos acompanhando que em breve iremos falar sobre os papéis no Scrum.

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Abraço!!

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